segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Imperatriz, a terra dos condomínios

Eles vêm surgindo aos montes, inúmeros, incontáveis, incomensuráveis. São os condomínios que surgem na cidade de Imperatriz. Todos com piscinas, play-grounds, imensas áreas de lazer e todo o conforto que a população merece, mas não tem condições de pagar. Onde isso vai parar? É só ligar a televisão na programação local e conferir o sem número de anúncios que só faltam prometer heliponto e sauna seca e a vapor.
Quando cheguei aqui há três anos, um empresário, que acaba de ser agraciado com o título de cidadão honorário de Imperatriz, me chamou a atenção para a quantidade de investimentos privados que estavam projetados para aqui se instalarem. Cheguei a questionar o pessimismo dele. Entretanto, hoje a realidade está aí nua e crua. A população, muito pobre, não tem condições de bancar o alto preço desses investimentos e o resultado é que começa a se formar uma falência com efeito dominó para os mais diversos segmentos. Alguém tem que pagar essa conta!
Infelizmente, o protecionismo impera em Imperatriz, assim como na cidade de onde vim, Porto Seguro, na Bahia, onde havia um monopólio de barracas de praia que conseguiram desmontar o glamour daquela linda cidade, em detrimento aos interesses de meia dúzia de gananciosos "empresários". A história de Imperatriz é muito parecida, senão igual e o problema tende a se agravar mais ainda com a inauguração do shopping de verdade no próximo ano. Como aconteceu em Belém, a tendência é que o movimento da cidade se transporte para o outro lado, deixando para trás um rastro de história para ser contada.